domingo, 31 de maio de 2015

Quando a palavra falha

Tenho assistido entrevistas com os economistas, e fico a pensar se eles querem realmente que as pessoas entendam o que falam.

A mim e a muitas pessoas com quem tenho conversado a respeito, parece que não. Será que eles, os economistas, não podem falar mais claro, de forma que as pessoas compreendam?

Falam na queda da bolsa. Que bolsa é esta? Bom, a minha pode cair que não quebra, está vazia mesmo. Falam no dólar, mas poucos no meu mundo usam esta moeda. E o euro? Bem este está ainda mais inacessível. Economia mundial, crise, países emergentes, encontros internacionais e muitas outras parafernálias para nós, de difícil compreensão. Dizem, muitos deles, como deveria ser a tal de economia global, mas não dizem o que se deve fazer para que de certo, qual o caminho melhor, o da direita, o da esquerda, ou o do meio? A mim parece que se correr o bicho pega se ficar o bicho come.
A conversa com o povo deveria ser outra, pelo menos é assim que penso.

Que tal falar no consumismo, no egoísmo, na falta de diálogo, no desamor pelo outro, na ganância... Pode parecer audácia mas acho que se os economistas começassem a ter práticas domésticas com as donas de casa, talvez não aprendessem os segredos da cozinha, a magia dos temperos mas por certo iriam aprender como se faz economia para conseguir sustentar uma família.

Acho que iriam aprender um palavreado simples como: salário, aluguel, comida, escola, roupa e outra coisinhas que nós, donas de casa conhecemos bem. Nós sim poderíamos falar da nossa economia e como fazemos para viver e guardar num cofrinho uns trocados para qualquer emergência.

Pois é, convido os economistas a pelo menos bater um papinho com a gente, prometemos nos esforçar para entender, vamos ficar atentas e quem sabe preparamos umas perguntinhas, afinal queremos entender para podermos ensinar a nossos filhos como se faz um mundo sem excessos, porém sem fome para uma vida melhor, com palavras mais simples.

Gerci Oliveira Godoy

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